Estou grávida: posso continuar dirigindo?
21/08/2020
Oiê! Como vão as coisas por aí? Até quando uma mãe caminhoneira pode dirigir na gestação sem prejudicar sua saúde e a do bebê? Conversamos com o Dr. Dirceu Rodrigues Alves Jr, médico especialista em Medicina do Tráfego e diretor da Abramet e pedimos que ele nos desse algumas dicas sobre este tema. Vamos conferir?
A maioria dos especialistas concorda que deve-se evitar a direção após o sétimo mês de gestação. Contudo, isso não é uma regra e depende muito das condições da caminhoneira. O tamanho da barriga pode atrapalhar a motorista ou causar algum tipo de desconforto.
Além disso, uma freada e um possível impacto no volante podem prejudicar o bebê. Por essa razão, quando o ato de dirigir se tornar muito desconfortável, é recomendado que a atividade seja suspensa.
Cinto de segurança
O cinto de segurança também pode ser um incômodo nos últimos meses de gestação e, por ser um item de segurança muito importante, seu uso é obrigatório. Segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), o ideal é usar o cinto de três pontos, evitando que a faixa diagonal fique sobre o útero.
Outro ponto de atenção é após o nascimento do bebê. Para voltar a dirigir, o tempo varia entre 7 e 14 dias, dependendo do tipo de parto — normal ou cesárea. Essa é uma decisão que deve ser tomada com cuidado e sempre seguindo a recomendação do médico.
Evite percorrer longas distâncias
Evite ao máximo dirigir longas distâncias ou permanecer no caminhão por muito tempo. Se a viagem for extremamente necessária, é sempre bom fazer algumas pausas e pequenas caminhadas em intervalos mais curtos. Se o recomendado normalmente é uma parada a cada 4 horas, faça intervalos a cada hora
O fato de ficar muito tempo sentada pode prejudicar a circulação do sangue e aumentar de forma considerável o risco de trombose.
Evite situações estressantes
Sabemos que o trânsito não é um ambiente normalmente calmo e relaxante, o estresse gerado também é nocivo, tanto para mãe quanto para o bebê. Situações e estresse podem levar a um aumento de pressão arterial e da frequência cardíaca.
Ainda que dirigir na gravidez seja uma prática necessária em muitos casos, devem-se evitar ao máximo os horários de pico e regiões sujeitas a problemas.
Tome cuidado com indisposições
Como sabemos, indisposições costumam ser responsáveis por alguns acidentes. Embora os veículos tenham evoluído bastante e tornado-se mais seguros, durante a gravidez é preciso ter um cuidado ainda maior.
Afinal, nesse caso, são pelo menos duas vidas preciosas em risco. Embora nem sempre a gestante sofra com mal-estares repentinos, eles podem acontecer e, como mencionamos acima, o estresse pode ser uma das causas.
Sempre que não se sentir bem enquanto estiver dirigindo, é preciso parar imediatamente e pedir auxílio médico. Dependendo da situação, uma tontura leve pode levar a um grave acidente e pôr não somente a sua vida em risco, mas também de outras pessoas.
Siga as orientações do médico
Por último e, talvez, a dica mais importante: sempre que for necessário dirigir na gravidez, um médico deve ser consultado. Afinal, ele é o especialista capacitado para definir se a situação pode ou não trazer riscos para sua saúde e a do bebê.
É muito importante ouvir e seguir todas as recomendações, ainda que elas possam parecer exageradas — lembre-se de que esse profissional quer apenas o seu bem-estar e sabe o que está falando.
Também é uma boa ideia manter alguma atividade física para fortalecimento da musculatura, uma vez que a prática ajuda a evitar uma série de problemas, como dores nas costas. Os exercícios precisam ser monitorados por um especialista e, novamente, sempre com orientação médica.
E aí? Essas informações foram úteis? Cuide bem da família, consulte sempre seu médico e boa viagem! Volte sempre aqui para um bom conteúdo sobre a vida na estrada para as caminhoneiras e cristais, no Movimento a Voz Delas!
1 Comentários
Rebeca Batista 30/05/2022 22:23
Olá! Estou grávida de quase 6 meses com depressão e diabetes gestacional hj dia 30/05/2022 foi negado o afastamento das atividades pelo INSS! Amo minha profissão odeio é as leis desse país!