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Caminhões Mercedes-Benz

Bia Figueiredo faz história como a primeira mulher a vencer a Copa Truck

07/07/2023

Olá, meninas! Como vocês estão? Tudo certo por aí? Hoje vamos falar sobre conquistas! A primeira mulher a vencer uma corrida na Copa Truck levou ao pódio as cores do Movimento A Voz Delas! No último final de semana, Bia Figueiredo, da ASG Motorsport, entrou para a história como a primeira mulher a conquistar uma vitória na competição brasileira de caminhões preparados para corridas. Território majoritariamente masculino, o triunfo rompe uma sequência de 27 anos de homens na liderança.

E a quebra de padrões vai além do volante: Rachel Loh, chefe da equipe ASG Mercedes-Benz e engenheira de Bia, também se consagra como a primeira mulher engenheira-chefe da Copa Truck ao ocupar o lugar mais alto do pódio. Na verdade, Rachel é a primeira, e até então a única, mulher engenheira-chefe da competição, sendo mais uma conquista histórica.

crédito: Rodrigo Ruiz

E este feito é marcante para a Bia e a Rachel, para a Mercedes-Benz, para o Movimento A Voz Delas e para tantas outras mulheres: “Não é uma vitória minha e da Rachel. É uma conquista de todas as mulheres que ocupam profissões e têm cargos que as pessoas gostam de rotular como se fossem um lugar só deles. Esta é uma conquista de uma piloto e de uma engenheira e, também, das mulheres que estão nos volantes, nas estradas, trabalhando nas montadoras, na logística e em tantas outras profissões. Quando uma mulher rompe uma barreira, todas as mulheres rompem também”, diz Bia, emocionada. 

A Copa Truck, competição entre caminhões preparados para corridas, iniciou em 2006, ainda com o nome de Fórmula Truck e, desde então, só foram registradas vitórias masculinas. Vale lembrar que a piloto Debora Rodrigues é a pioneira da categoria e conquistou vários pódios, rompendo muitos paradigmas sobre as mulheres nas pistas. Porém, até o último domingo, nunca uma mulher havia subido ao lugar mais alto.

 “O automobilismo é um dos únicos esportes em que mulheres, homens e pessoas de diferentes idades competem em igualdade. E isso nos faz refletir sobre o que é igualdade. Nas pistas, somo apenas duas, com mais de 30 homens no grid. A Rachel é a única chefe e engenheira da categoria”, analisa a piloto Bia, que acumula também o cargo de representante da América do Sul na Comissão de Mulheres da FIA e trabalha fortemente por mais mulheres no automobilismo.

crédito: Rodrigo Ruiz

Bia destaca, ainda, que a conquista acontece dentro das pistas, mas que fora delas ainda temos uma longa jornada, já que a diferença de remuneração entre homens e mulheres voltou a subir no país e atingiu 22%, segundo dados do IBGE, e isso mostra que uma brasileira recebe, em média, 78% do que ganha um homem. Um outro exemplo deste fato é quando olhamos para cargos de liderança das empresas no mundo todo e vemos que apenas 37% de mulheres ocupam eles, o que torna esta diferença ainda muito significativa. 

Por isso, volto a afirmar que este segue sendo um tema atual e que precisamos falar dele. Dizer que cada conquista de uma mulher é uma conquista de todas as outras. Eu sei que este aqui é um fato histórico, merecido e que será muito celebrado. Estou feliz, orgulhosa pelo trabalho realizado e agradecida por tanto apoio”, explica a piloto da Mercedes-Benz #111, da ASG Motorsport.

Bia Figueiredo, que já havia alcançado a primeira pole na última etapa, também destacou que, independentemente de ser a primeira vitória guiando um caminhão, a alegria da conquista é única.  “Vencer aqui na Copa Truck pela primeira vez e ser a primeira mulher a conseguir isto é muito especial! Eu estava com muita saudade das vitórias, de vencer. Eu sabia que estava muito próximo, pela forma como começou o campeonato. Quero agradecer a todos que torceram e torcem por mim. Eu amo automobilismo, vivo disso, cresci nisso. Então me considero merecedora da vitória e muita gente comigo também é!”.

Vitória também de uma mãe!

O primeiro lugar no final de semana celebrou outra conquista inédita: nunca uma mãe havia subido no pódio de uma categoria de elite do automobilismo nacional. Bia é mãe de dois meninos, Murillo Luz, de 3 anos, e Matteo Luz, de 1 ano e 8 meses, e foi a primeira conquista dela após a maternidade. “Todo mundo me pergunta se depois de ser mãe eu fiquei insegura em pilotar um caminhão de 4 toneladas, ou de acelerar a mais de 200 km por hora. A resposta vem agora: não. A maternidade me trouxe muita coragem e hoje faço isso pela Bia mulher e por todas as mães”, celebra.  

Experiências nas pistas em outras categorias 

Além da sensação da temporada 2023 da Copa Truck e piloto profissional, Bia Figueiredo é mãe, empresária e comentarista. Atualmente, disputa a categoria Super, da competição automobilística nacional mais “pesada” do Brasil, a Copa Truck, e é comentarista da Fórmula Indy, na TV Cultura, e da Stock Car, no Canal do Galvão Bueno. Fora das pistas é a representante da América do Sul na Comissão de Mulheres da FIA e trabalha fortemente por mais mulheres no automobilismo (nas pistas e nos bastidores).

A trajetória da Bia Figueiredo nas pistas já vem de longa data. A piloto foi a primeira brasileira a correr em uma categoria top do automobilismo mundial, a Fórmula Indy, a primeira mulher do mundo a vencer na Firestone Indy Lights, a única a vencer na Fórmula Renault, a única a conquistar uma pole position na Fórmula 3 e a única a disputar e vencer no Desafio das Estrelas, torneio anual de kart organizado por Felipe Massa. É também a primeira brasileira a conquistar um lugar no grid e a disputar as 500 milhas de Indianápolis e um campeonato integral da Fórmula Indy. 

No Brasil, Bia disputou cinco temporadas completas da Stock Car, principal categoria do automobilismo nacional. Em 2019, também fez história ao participar das 24 horas de Daytona (EUA) em uma equipe de pilotos formada por mulheres. No ano de 2020, Bia tornou-se mãe. Após 9 meses do nascimento do seu primeiro filho voltou às pistas e, em 2021, nasceu seu segundo filho. Em 2022, disputou a TCR South America.

Meninas, a conquista da Bia é muito significativa! E não só para o Movimento A Voz Delas, que figurou no primeiro lugar do pódio, mas também para todas as mulheres que sonham em dirigir um caminhão, seja como piloto profissional, seja como caminhoneira no dia a dia. A mensagem que Bia, Rachel e outras profissionais que estão no segmento passam é a de que não há limites de gênero para realizar objetivos e que as mulheres são capazes de tudo! 

Parabéns pela conquista, Bia! Estamos orgulhosas e na torcida por você e pelos pilotos da ASG, que levam as cores do Movimento A Voz Delas!

Até a próxima! 
 

2 Comentários

Adriana Santos 11/07/2023 12:42

Bia com certeza representa todos nossos sonhos e dificuldades, essa vitória 🏅 é um marco para todas nós...

Simone 07/07/2023 12:43

QUANTA HONRA TER ESSAS DUAS MULHERES A FRENTE, NO TOPO EM UMA CATEGORIA COMO ESTA. COMO EU DISSE : É NOSSA!!!! PARABÉNS BIA E RACHEL, QUE TENHAMOS MAIS VITÓRIAS PARA COMEMORARMOS JUNTAS . É NOSSO É ASG É MB É AMOR