Olá, meninas! Nesse mês de outubro, voltado à conscientização e com muitas ações de prevenção ao câncer de mama, vamos contar a história da Fátima, 60 anos, casada, mãe de 02 filhos e que passou pela doença e venceu.

Fátima nunca foi de desistir e com sua força, sempre trabalhou em um mundo onde os homens sempre foram maioria. Para ela, isso não era motivo para largar a carreira ou mudar de setor, e durante os 30 anos em que esteve no administrativo da cegonha, conheceu muitas mulheres das quais fala com orgulho.

Ela nos contou um pouco de como foram esses encontros: "Sempre tive postura em todas a situações: ao falar, ao me vestir... Sempre fui respeitada e sempre respeitei. E o fato de poder dividir espaços com mulheres espetaculares e extremamente profissionais, como a Julianni Sanches e a minha motorista Valéria, me sinto honrada. São presentes de Deus em minha vida”.

Uma das coisas que Fátima fez questão de nos contar sobre trajetória, é que sempre acreditou em 3 pilares, os 3Fs: foco, força e muita FÉ 🙏. Ela começou a contar sua história reforçando que mais do que palavras, esses pilares a ajudaram muito na caminhada, pois foi com foco na superação, com a força que tem dentro de si e a fé em Deus que sempre a moveu, que enfrentou o momento mais difícil de sua vida.

Assim como na vida de milhares de mulheres, o outubro rosa também é muito importante para Fátima. Em 2015, foi diagnosticada com Câncer de mama e 3 meses depois com Câncer de pele. Sempre muito disposta, começou a perceber que alguma coisa não estava bem: “Sou muito ativa e sempre trabalhei. Mas, em 2015, tive que pausar para olhar para os sinais que meu corpo estava apresentando”.

Com o diagnóstico do câncer de mama, e em seguida o de pele Fátima viu seu mundo desabar.

Ela conta que sentiu muito a notícia e que o diagnóstico de dois tipos diferentes de câncer, sendo mais fatais em mulheres, a deixou bem impressionada: “Minha médica e amiga a 15 anos falou: ´um raio não cai 2 vezes no mesmo lugar, mas em você caiu😔`. "Meu mundo desmoronou, quando se ouve a notícia, o primeiro sentimento pra mim foi fim da linha”.  

Mas para ela, desistir não era opção. Ela conta que respirou fundo, chorou bastante, pensou em toda a sua vida, como seria dali para frente e pensou: “Tenho 2 alternativas: lutar ou desistir. Desistir eu não vou”, relembra.  

Como mulher forte que sempre foi, Fátima se mostrou ainda mais guerreira diante da doença. Encarou a dificuldade com muita bravura e iniciou todos os tratamentos: “Ao ver o desespero da minha família, entendi que não era só por mim, mais por eles, então decidi lutar”, conta. 

Durante aquele ano de tratamento, com muitas sessões de quimioterapia e radioterapia, Fátima teve a oportunidade de conhecer muitas pessoas marcantes e se despedir de estrelas inesquecíveis, que a ajudaram em todo o processo. 

Ela se lembra com muito carinho de uma amiga que fez durante esse processo, mas que não resistiu ao câncer: “Perdi uma amiga muito querida que fiz ao longo do tratamento, chamada Paulinha Golias. Ela virou uma estrelinha, então, deixo aqui minha homenagem a está grande guerreira dentre a todas que partiram”, relembra. 

Durante o processo da doença, Fátima fez uma escolha de não falar sobre o câncer em seu ambiente de trabalho. Para ela, a decisão foi certa para o momento e até mesmo para que o local de trabalho se mantivesse leve: “Cada pessoa tem o direito de fazer suas escolhas, como no setor 90% são homens, decidi me tratar em silêncio. Penso que o pior sentimento que se possa  ter é de dó, então assim fiz, e continuei confiante”, conta. 

Fátima relembra que todo o processo, desde a descoberta da doença até a notícia de cura, foi de muita batalha, mas destaca que os piores momentos e melhores para a ela eram as químios, com mistos de sentimentos. Ela conta que vestia sua melhor roupa, seu sorriso mais alegre e dava passos para seguir com cura.

O contato com a quimioterapia também foi uma batalha a parte para Fátima. Ela conta como foi o início desse processo: “Na primeira químio, fui acompanhada. Era tudo novo, e pensava que me sentiria mal a partir da químio injetada. Mas graças a Deus não me senti mal. Só depois do terceiro dia veio a reação. Foi difícil, mas passa 🙏”. 

Fátima sempre gostou de se cuidar e nos conta que, durante o processo de tratamento, se cuidou muito mais. Mesmo com a queda de cabelo, algo que mexe muito com a autoestima das mulheres, e não foi diferente com Fátima a vontade de viver sempre foi maior que outros sentimentos. 

E o tempo dedicado ao seu bem-estar era bem investido, pois ela se arrumava tanto, que várias vezes era confundida na recepção: “Quando chegava no Hospital BPMirante, me perguntavam: você é acompanhante de quem? E eu respondia: sou a paciente”, relembra rindo.   

Apesar de toda essa força e vontade de viver, Fátima sentiu bastante quando viu seus cabelos caírem, afinal, tinha muito apego e amor aos seus cabelos, e não se via sem eles: “A queda do cabelo, para mim, foi a pior das reações, e ouvir: ´o cabelo nasce`... Eu sabia que iria nascer, mas me incomodava. Tive colegas que durante tratamento, não se incomodavam e está tudo bem.  Somos únicas, sentimos e pensamos diferente”, esclarece. 

Depois de muitos altos e baixos, o tempo passou, o tratamento foi evoluindo, as dores sumiram, os cabelos cresceram e já fazem 7 anos que Fátima está no protocolo de cuidados e exames. Ela conta que segue as orientações à risca: “Sigo o protocolo de 10 anos, estou no sétimo ano.  Então neste mês de outubro, onde se dedica à prevenção do câncer de mama, deixo aqui primeiramente minha gratidão a DEUS. Ele, sem nós, continua sendo um grande Deus. Nós, sem ELE, nada somos. Minha família e amigos que incansavelmente estiveram ao meu lado”, conclui. 

Meninas, é sempre bom compartilhar histórias que inspiram e ficamos com o coração muito aquecido em poder contar a história de força e superação da Fátima, que deixa um recado para todas nós: "Os cuidados com nossa saúde precisam estar em primeiro lugar, por isso, faça o autoexame com frequência e a mamografia ao menos 1 vez por ano". 

A mensagem que a história da Fátima nos traz é acima de tudo, de esperança, mas também, de atenção e cuidado com você mesma: “É de extrema importância fazer os exames, principalmente observar qualquer alteração no seu corpo. Eu havia feito exame há três meses e quando, vestindo uma blusa, fui puxar e senti um caroço exposto. Segundo o Oncologista, tive sorte. Eu acredito que foi Deus”, conta. 

E para fazer valer todo o aprendizado e experiência adquiridos depois dessa batalha vencida, Fátima deixa um recado para vocês: “Meu recado para vocês é: vamos nos cuidar! E se você está começando a Guerra contra o câncer, serão várias etapas, mas acredite: VOCÊ vai vencer!🙏🥰🤝

E aí meninas, entenderam o recado da Fátima? Já marcaram a mamografia para esse ano? Comenta aqui embaixo e compartilha com suas amigas!