Oi, meninas! Tudo bem com vocês? Não é segredo para ninguém que o leite materno contribui para o desenvolvimento saudável do bebê, pois o protege de uma série de doenças, além de ajudar no desenvolvimento físico e cognitivo da criança. Mas, o que muita gente não sabe, é que as vantagens do leite materno se aplicam também às mães, pois auxilia na perda de peso após a gestação, nos aspectos emocionais e físicos, além de ajudar a reduzir as chances de desenvolver problemas de saúde após o parto ou até doenças mais graves.

Mas, não para por aí! O período de amamentação é importante também para fortalecer o vínculo entre mãe e filho, já que ambos passam a estabelecer ali um momento íntimo de troca. Este processo configura uma das formas de comunicação mais especiais entre os seres humanos e com essa conexão que nasce a partir do afeto e do cuidado, a criança aprende a ter confiança. 

Por isso, devido a importância do aleitamento, entre os dias 01 e 07 de agosto comemora-se a Semana Mundial de Aleitamento Materno, no mês dedicado às ações que visam ao estímulo do aleitamento materno e à disseminação de informações sobre a importância da amamentação, também conhecido como Agosto Dourado. Mas você sabe por que foi citado o “dourado”?

Amamentação: quais os benefícios do aleitamento materno?

“Elixir da vida e ouro líquido”. Estes são alguns dos nomes dados ao leite materno, justamente por se tratar de um alimento cheio de substâncias vitais para o bebê. Afinal, embora tenha um aspecto mais “ralo” do que o leite que conhecemos, ele contém todos os nutrientes necessários para o melhor crescimento e desenvolvimento da criança.

No Brasil, a Campanha Agosto Dourado foi instituída pela Lei Federal nº 13.345, de 2017, e a cor “dourada” foi escolhida para representá-la devido ao tom que simboliza o padrão ouro de qualidade do leite humano. Durante a primeira semana do mês há a intensificação nas ações, com atividades de conscientização sobre a importância do leite materno e da amamentação.

Para se ter uma ideia, nos primeiros 6 meses de vida do bebê, o leite materno consegue suprir sozinho todas as suas necessidades nutricionais e por isso é o único alimento indicado para esta faixa etária, sendo uma orientação médica até os 2 anos de idade. 

Estima-se que, anualmente, em todo o mundo, mais de 10 milhões de crianças com idade inferior a 5 anos morrem por doenças que podem ser prevenidas e tratadas. Já por meio de melhores taxas e da amamentação, mais de 820 mil crianças dentro dessa faixa etária podem ser salvas.

Benefícios do leite materno para o bebê

Como vimos, os benefícios do leite materno para o bebê vão desde nutrir a criança com tudo o que ela precisa para um desenvolvimento saudável, até salvar a sua vida. 

O leite materno é literalmente, o alimento perfeito para as necessidades nutricionais do bebê, além de conter anticorpos que o protegem contra infecções e reduzem o risco de doenças crônicas futuras.

Na grande maioria das vezes, o bebê suga o leite diretamente do seio materno, o que acontece com naturalidade. Mas, em condições especiais, o bebê pode receber o leite por uma mamadeira, copinho ou colher.

Vantagens do leite materno para a mãe

Com o corpo preparado para servir todos os nutrientes necessários ao bebê, a lactante se torna uma verdadeira fonte de vida. Ela tem em seus seios a ferramenta mais importante para desenvolver e proteger a criança: o leite materno. Mães que amamentam voltam mais rapidamente ao peso anterior à gestação e sofrem menor sangramento após o parto.

Mas, será que para as mamães, o ato de amamentar é tão proveitoso como para os bebês? Afinal, trata-se de uma tarefa, muitas vezes, exaustiva, dolorida e de profunda doação. A longo prazo, amamentar protege a mulher contra doenças cardiovasculares como o infarto, reduz o risco de câncer de mama, ovário e endométrio, além de evitar a osteoporose.

E quando não é possível amamentar?

Este é um problema que há tempos já é discutido na sociedade, já que, a dificuldade de amamentar nem sempre é uma questão relacionada à mãe, mas sim ao bebê. Outras vezes está ligada a algum problema de saúde desenvolvido na gestação ou antes dela. Fato é que não há uma regra específica sobre problemas na amamentação. 

Porém, há um ditado que diz: “Nasce uma mãe, nasce uma culpa” e diz muito sobre isso. A culpa e a maternidade andam juntas, principalmente quando se trata de amamentação. Quando a amamentação não é possível, o momento com seu filho não se torna menos especial. O que vale são as trocas de olhares, a criação e fortalecimento dos vínculos.

Doação de leite

Doar leite materno é um gesto que salva vidas. Ele é importante para todos os bebês, principalmente para os que estão internados e não podem ser amamentados pela própria mãe. Todos os anos, aproximadamente, 150 mil litros de leite materno humano são coletados, processados e distribuídos aos recém-nascidos de baixo peso que estão internados em unidades neonatais de todo o Brasil.

Um litro de leite materno doado pode alimentar até dez recém-nascidos por dia. Dependendo do peso do prematuro, 1 ml já é o suficiente para nutri-lo cada vez em que ele for alimentado. Os bebês que estão internados e não podem ser amamentados pelas próprias mães têm a chance de receber os benefícios do leite materno com a sua doação. Com ele, a criança se desenvolve com saúde, tem mais chances de recuperação e fica protegida de infecções, diarreias e alergias.

E diante de todos estes benefícios, a Raquel, motorista e cristal, mãe pela 2ª vez, amamentou com prazer sua primeira filha e hoje amamenta o pequeno Antony Gabriel, seu caçula: “Amamentei minha filha até 10 meses de vida, hoje sou lactante, amamento o pequeno Antony e pretendo amamentá-lo por um longo tempo”, relata.

Raquel diz ainda que todos os benefícios que a amamentação proporciona para o seu pequeno e para ela são maravilhosos, além de ser um momento único de amor, carinho e conexão entre os dois, o que fará toda a diferença no futuro do pequeno e no atual cotidiano da mãe.

Meninas, ser mãe é uma benção e amamentar é uma dádiva. Por isso, não julguem uma mãe que sofre por não conseguir amamentar seu filho, seja por qualquer motivo. Pelo contrário, ofereçam a ela conforto e apresentem soluções que possam deixar o momento mais agradável para mãe e filho. Lembrem-se que este é um problema temporário e, com paciência, ambos vão superar. 

Importante: se vocês estão amamentando, sejam doadoras e ajudem a quem precisa. Qualquer quantidade de leite materno doado é importante. Procurem um Banco de Leite Humano mais próximo ou liguem para o Disque Saúde, no número 136, para tirar qualquer dúvida. O ato solidário de doar leite materno significa vida para uma criança.

Como DOAR e onde? Como doar — Ministério da Saúde (www.gov.br)  Contatos dos Bancos de Leite Humano — Ministério da Saúde (www.gov.br)